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O alcoolismo é uma doença caracterizada pela ingesta repetitiva e compulsiva de bebida alcoólica. Hoje nós temos em torno de 10% da população brasileira que são pessoas que sofrem dos problemas do álcool.
Para saber se a pessoa é dependente química ou não ela tem que experimentar. Se ela sentir que vai aderindo à bebida, tipo uma capacidade de esponja, que ele cura um porre tomando uma cerveja no dia seguinte, é dependente químico e esse tem que parar pelo resto da vida.
“Há 50% de chances de tender a adquirir a doença geneticamente e 50% não. Então eu vejo pela minha família, assim desde o tempo do meu bisavó, que dá mais ou menos metade por metade. Metade é metade não é e eu comecei a ver minha família. Eu sou alcóolatra e meu irmão não é. O meu filho, esse que faleceu, já estava no caminho porque eles tinham ido à Tramandaí, estavam de carona e ele se debruçou no caro de Tramandaí e um pra Sangrilá lá na estrada do mar e ele se debruçou no carro para vomitar e o companheiro que estava dirigindo achou que ia cair do carro e puxou ele pela cintura. Quando ele puxou ele pela cintura o carro foi para o acostamento e meu filho deu de cara com uma placa de sinalização e ali ficou e eu como estava na ativa naquela época, então vocês imaginem o que que aconteceu comigo. Eu vivia bêbado do dia e noite”.
Antigamente eram os homens os campeões de sofrer de alcoolismo. Hoje as mulheres. Hoje estatisticamente tem mais mulheres do que homens bebendo, principalmente na adolescência. Hoje as mulheres são campeãs em alcoolismo e anfetaminas em tranquilizantes.
Quanto de álcool eu devo consumir e durante quanto tempo? Os estudos mostram, isso já nós temos bem definido na literatura, que aqueles indivíduos que ingerem mais de 80 gramas de álcool, no caso para o homem e mais de 40 para a mulher, durante dez anos, essa dose já é suficiente para desenvolver cirrose.
Uma vez estabelecida a cirrose a gente não tem a regressão dessa situação. É uma doença crônica e irreversível. Uma vez essa situação estabelecida o que a gente busca é tentar a estabilização pra que ela não evolua e não progrida levando às complicações que entre elas, há a uma das mais graves, é o do momento então do câncer do fígado.
Quando a pessoa pára de bebê ela pode ter um risco de delirium tremens, onde a paciente começa a tremer, paciente começa a ter alucinações e o risco de morte em pacientes com delirium tremens e 40 por cento. E o álcool, como as outras drogas, precisa dar prejuízo para a pessoa buscar ajuda.
Há pacientes que perderam família, que perderam empresas, que perderam funcionários, que perderam tudo que o ser humano tem como sonho de construção de vida, a sua família, o seu emprego e principalmente a sua dignidade.
Um ex-dependente disse: “eu não quero mais ter aquela vida que tinha antes e pra mim não querer mais voltar àquilo eu não posso botar uma gota de álcool na boca porque a dependência química ela tem essa característica: se você botar uma gota, não vai ser uma gota, vai ser um barril inteiro”.
Outro disse: “E digo pra vocês, é possível viver sim, é possível a gente poder numa festa e se divertir bebendo Coca-cola, dançar a noite toda. Como é bom poder chegar em casa e no outro dia e não sentir aquela ressaca”.
A recuperação é muito grande, é muito boa, é promissora.
O álcool é uma substância que dá muito prazer dá muita muito prazer e muita dependência então realmente é uma luta feroz.
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PONTO FINAL NO ALCOOLISMO: Um guia de reflexão para acabar com o vício do álcool
